Como terá acontecido?!
De Partenogénese não foi de certeza! A menos que ela, tenha tido múltiplas mutações genéticas num salto quântico evolutivo, altamente improvável.
Esse fenómeno de ter um aglomerado de células eucariontes, num ritmo acelerado de mitose, expandindo-se como o universo dentro de nós.
Epa, não pode correr bem!
Um organismo independente, rebelde às causas nobres de todo um sistema regulado por uma espécie de alforreca gigante, que prevalece ali, fazendo mitose e assimilando nutrientes à maluca... E deixam-no estar como se não fosse nada.
De repente, cresce-lhe umas protuberâncias, qual cefalópode... e entretanto está ali a espernear-se todo e a pontapear, atacando seu hospedeiro por dentro, como quem diz "EPA! DEIXEM-ME SAIR! QUAL É A TUA?", só que não pode se não afogasse em liquido amniótico e isso seria impensável para as suas pulsões de auto-conservação.
Um organismo independente, rebelde às causas nobres de todo um sistema regulado por uma espécie de alforreca gigante, que prevalece ali, fazendo mitose e assimilando nutrientes à maluca... E deixam-no estar como se não fosse nada.
De repente, cresce-lhe umas protuberâncias, qual cefalópode... e entretanto está ali a espernear-se todo e a pontapear, atacando seu hospedeiro por dentro, como quem diz "EPA! DEIXEM-ME SAIR! QUAL É A TUA?", só que não pode se não afogasse em liquido amniótico e isso seria impensável para as suas pulsões de auto-conservação.
Isto, uma pessoa depois esquece-se...
Que ali no seu centro de gravidade, está todo um ser humano a crescer, com alto cabeção não muito diferente do aspecto de um marciano, de olhos fechados em estado meditativo, individuo de poucas palavras e que de vez em quando dá uns golpes de karaté.
Só que depois, aquele ser, não cresce só um bocadinho e fica ali pacificamente, nadando ali no centro de gravidade todo contente.... Não!
Continua ali a crescer sem parar, sempre na mitose, que depois o hospedeiro, que alberga ali aquele ser, que remédio... Começa a inchar e a pensar "Oh Senhor, vamos lá com calma! Isto agora é crescer até eu rebentar né? Vamos lá com calma!".
Mas obstinado que é, não liga, e cresce tanto que depois chega a uma altura que o têm de tirar cá para fora que já não cabe lá dentro.
Que ali no seu centro de gravidade, está todo um ser humano a crescer, com alto cabeção não muito diferente do aspecto de um marciano, de olhos fechados em estado meditativo, individuo de poucas palavras e que de vez em quando dá uns golpes de karaté.
Só que depois, aquele ser, não cresce só um bocadinho e fica ali pacificamente, nadando ali no centro de gravidade todo contente.... Não!
Continua ali a crescer sem parar, sempre na mitose, que depois o hospedeiro, que alberga ali aquele ser, que remédio... Começa a inchar e a pensar "Oh Senhor, vamos lá com calma! Isto agora é crescer até eu rebentar né? Vamos lá com calma!".
Mas obstinado que é, não liga, e cresce tanto que depois chega a uma altura que o têm de tirar cá para fora que já não cabe lá dentro.
E heis que chega gritando, olhando de esguelha "Ai seus filhos da mãe! Foram vocês que me trouxeram ao mundo! E quem são esses todos de branco e de máscara com bisturi na mão?!"
Ok, ele já está cá fora, agora deve acalmar um bocado.
Então não é que, estavamos enganados?
Continua a comer que nem um desalmado e depois deita para trás fertilizante de solo, e ainda se põe a produzir ataques sónicos ainda chateado porque lhe prometeram que era Rei e afinal mentiram-lhe e é um mero plebeu e agora tem de trabalhar até morrer e fazer formações de compromisso!
Ok, ele já está cá fora, agora deve acalmar um bocado.
Então não é que, estavamos enganados?
Continua a comer que nem um desalmado e depois deita para trás fertilizante de solo, e ainda se põe a produzir ataques sónicos ainda chateado porque lhe prometeram que era Rei e afinal mentiram-lhe e é um mero plebeu e agora tem de trabalhar até morrer e fazer formações de compromisso!
Cruel destino!
E depois não é que, de repente "Ah! Está tão grande! Qual Édipo, qual quê... já quer matar o pai e ficar com a mãe. Que crescido mesmo!"
De aglomerado de células eucariontes a típico hominídeo bípede, completamente previsível, só com dois braços e duas pernas nem mais um para ser diferente, com cóccix mas sem cauda, angústia de castração, vazios existenciais, com uma trémula lancheira, à espera do autocarro para o primeiro dia de aulas e início de mais uma piada cósmica ou divina comédia retratada por uns gregos, há coisa de uns séculos atrás, que não quiseram deixar por documentar, esta pitoresca e grotesca existência humana.
Todos saúdem o Deus Kafka!